Como a consciência muda sua vida
Nas nossas vidas, a mudança é uma constante. A questão é: como iremos mudar?
Pela dor, ou pelo amor - consciência?
Tendo a consciência como autoridade máxima, podemos (re)tomar o poder das nossas vidas e usarmos a nosso favor, direcionando nossos pensamentos, sentimentos e ações para realização de nossos nobres propósitos.
Quando colocamos o foco em nós mesmos - orai e vigiai, quando prestamos atenção e entendemos nossos padrões comportamentais e mentais, quando conhecemos a forma como expressamos agimos e/ou reagimos e porquê fazemos o que fazemos e como fazemos, ficamos CONSCIENTES da nossa experiência interna - autoconhecimento e autorresponsabilidade, e, por ação consciente conseguimos mais facilmente construir nossa realidade de maneira mais positiva e realizar nossos ideais com mais leveza.
Afinal, o que é consciência?
Ao pé da letra - vide Wikipédia - "é o estado ou a capacidade de perceber, sentir ou estar consciente de eventos, objetos ou padrões sensoriais. Neste nível de consciência, dados sensoriais podem ser confirmados por um observador, sem que isso implique necessariamente compreensão. Mais amplamente, é o estado ou qualidade de ser consciente de algo."
Resumindo? É o estado de presença, onde você presta atenção em si mesmo, não age pelo automatismo 'pré-impregnado' em sua rede neuronal.
Porém, nós temos uma camada chamada EGO, e portanto ao estar consciente de algo nós julgamos e damos um significado (categorizamos como bom ou ruim) aos eventos e pessoas.
O nosso verdadeiro poder é a liberdade de escolha, e esta reside no intervalo que existe entre o estímulo e a resposta, ou seja, estar consciente e não automático ou manipulado ou influenciado por padrões internos ou externos.
Se essa escolha estiver alinhada com os seus valores mais elevados, crenças nobres, pensamentos, sentimentos, ações e propósitos, existe integridade e coerência, sendo assim há como resultado a criação de uma realidade/futuro favorável.
Se está automática ou subconsciente, está sendo regida por padrões e sentimentos de dor, crenças limitantes, ego, reatividade, medo, comportamentos negativos de 'proteção' ou ainda, por aprendizados instalados por outrem e crenças do coletivo/familiar, possivelmente irá criar uma realidade também de dor e sofrimento, de conflitos, de mais experiências traumáticas.
Por exemplo, quando dizemos que agimos sem pensar, quer dizer que os nossos comportamentos foram acionados de forma automática (previamente aprendidos) sem a intervenção consciente e direcionada. É usualmente nesses momentos que fazemos e dizemos coisas que mais tarde nos arrependemos de termos feito ou falado e isso gera consequências negativas para você e para os demais.
Para melhor entendimento, podemos separar a consciência em níveis:
O primeiro também existe em outros animais e é chamado de consciência experiencial ou sensibilidade, que são sensações não verbais, percepções, instinto de sobrevivência e proteção, impulsos e estados emocionais que guiam as ações.
O segundo é a autoconsciência, e é aí que reside o autoconhecimento e a autorresponsabilidade. É onde desenvolvemos significado para coisas, pessoas, situações e acerca de nós mesmos.
O terceiro seriam as 'máscaras' que usamos para nos relacionar, aquilo que nós dizemos/fazemos às outras pessoas e a imagem que tentamos projetar. Isso inclui muitas vezes repressão de quem nós verdadeiramente somos, e engloba culpa, vergonha, soberba, vitimismo, medo, castigo/punição, não merecimento e por aí vai...
Muitos de nós, em determinadas situações perdemos o controle das nossas ações e pensamentos. Isso ocorre por influências das emoções, das crenças e dos significados distorcidos que criamos devido às nossas dores e percepções/julgamentos errôneos. Geralmente, reagimos às situações da vida em vez de, conscientemente elaborarmos uma resposta que seja mais condizente à nossa essência, aos nossos propósitos e ideais.
Como mudar isso?
Atenção Plena, ou seja, ter a noção do impacto que as situações/pessoas têm no corpo, nas emoções, a reação que isso produz na mente e o impulso gerado para verbalizar e agir. E também a compaixão e a compreensão que as coisas e pessoas não agem por SUA causa, e sim pelas suas próprias questões. Assim, conseguimos dar um novo significado aos eventos e mudar crenças e comportamentos negativos e limitantes. O resultado é agir ao invés de reagir, é responder com responsabilidade, coerência e integridade.
Tornar-se consciente do que faz, da forma que pensa, sente e se comporta, facilita a implementação de novos comportamentos, crenças e quebra do ciclo traumático e de repetições que geram dor.
Uma questão importante a ser adotada é o não julgamento/crítica e retaliação de si mesmo, ao invés disso, se acolher com gentileza, reconhecer e usar o raciocínio a seu favor, se questionando qual mudança você deseja e qual a melhor forma de agir para alcançar tal mudança.
A questão é apenas observar e filtrar pela nossa consciência aquilo que percebemos. Muitas vezes as nossas vidas não seguem o rumo pretendido, não porque somos incapazes, valiosos ou porque não possuímos competências, mas sim por ignorância - falta de conhecimento e compreensão.
A consciência é uma forma verdadeiramente eficaz e poderosa para crescer pelo amor e para implementar mudanças positivas, sucesso, saúde, bem estar e promover felicidade.
Por Flávia Borges Magalhães
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